Saldo do mês:
O que eu comprei
- Cheirinho para o carro- Meia-calça de lã
- Blusa térmica (substitui pela blusa que queria da lista)
- Segunda pele (substitui pela blusa que queria da lista)
- Hidratante (substituindo o que acabou)
- 1 legging (na lista)
- 1 porta livros
O que eu queria ter comprado
- Muitos livros, em especial: Cem anos de solidão, Y: O Ultimo Homem Volume 3, o resto da série napolitana da Elena Ferrante.- Um oxford muito bonitinho
Aqui fica o registro do meu primeiro mês nos meus seis de buying ban. Posso falar que foi muito difícil? Mais do que eu achava que ia ser?
Aliás falhei no primeiro dia. Fui no supermercado com mamãe e compramos um peixe que veio PODRE (foi o pior cheiro que já senti na vida e olha que já fiquei na marginal pinheiros num dia de sol). Ai voltamos e ganhamos um vale para trocar. Minha mãe comprou umas coisas e sobrou um tanto. Rodamos a loja pra ver o que achávamos e peguei um cheirinho pro carro, porque desde que comprei o carro queria ter um cheirinho e nunca comprei. No final, gastei 3 reais e depois que coloquei no carro lembrei que eu não podia ter comprado aquilo. Isso foi dia primeiro de Maio. Risos.
Acho que serviu pra eu perceber que muitas vezes eu comprava coisas sem perceber. Passa o cartão, tira nota da carteira. Pronto. No final vi que eu tinha zero consciência das minhas compras.
A parte difícil: eliminar influencias externas. Eu comecei a tirar qualquer loja que me mandava email (inclusive amazon) com promoções e produtos. Só que eu percebi que essa é só uma pedrinha de gelo do iceberg gigante que é nossa cultura de consumo. É blog que você entra te vendendo coisa sem você saber, é canal de youtube fazendo haul de tudo que você imagina e amigos recomendando tal coisa.
Um dia eu abri o instastories e vi uma moça que sigo, falando que uma loja no shopping estava em promoção de sapatos. Ai ela mostrou um oxford lindo, que eu queria muito, pela metade do preço. Meu primeiro pensamento foi: quando eu for no shopping comprar presentes eu dou uma olhada. Ai eu parei e lembrei que não podia comprar.
É engraçado essa sensação que senti logo depois: um mini pânico de que eu estaria perdendo aquilo e talvez eu deveria comprar, afinal quando ia ter promoção mais uma vez? Então eu lembrei: eu não preciso de um sapato novo.
Outra coisa, a mais difícil, foi me controlar para não comprar livros. Eu li "O Amor nos tempos do cólera" e queria ler os Cem anos de solidão do Gabriel Garcia Maques. Mas fiquei me controlando para não comprar, porque eu não podia. Eu quase comprei numa loja física, cheguei a pegar na mão e fui buscar o preço. Apenas 75 dinheiros. Larguei em uma prateleira. Pelo menos não comprei.
Nossa mente já é programada pra consumir e se a gente não se esforça pra perceber, é capaz de sucumbir aos desejos.
Uma das coisas que eu comprei, pois não foi por impulso e também acho que não entra no quesito "coisas": passagem de avião e hospedagem no chile! Eu e minha prima estávamos pensando em ir pro chile nas férias dela e acabamos fechando. Fizemos tudo bem economicamente: comprei as passagens com pontos e só paguei as taxas. A hospedagem vai ser num airbnb e gastamos 400 reais cada uma para dez dias.
Acho que a viagem vai me ajudar, pelo menos até final de Agosto a economizar. Principalmente porque eu preciso guardar dinheiro para ir pra lá tranquila.
Outras coisas que comprei fora do planejado: meia de fleece (que tem pelinho dentro) e blusas térmicas. Eu aproveitei para comprar para viajar, pois minha prima vinha me visitar e só precisaríamos ir na loja uma vez. No começo já pensei: preciso comprar duas segunda pele, duas térmicas, uma calça térmica, luvas. E só usar quando fosse viajar.
Ai me perguntei:
1) Pra que tudo isso? Eu poderia usar uma segunda pele apenas e uma blusa térmica. De noite eu tiro e deixo arejando. E eu comprei uma meia calça fleece pra não ter que comprar uma calça térmica. No pior dos casos, se eu sentir muito frio, posso comprar uma calça lá.
2) Porque esperar pra usar? Eu sei que a gente não quer estragar as coisas, mas se elas fossem de qualidade eu poderia usar e elas não estragariam (fora que a gente já pega as "manhas" da roupa, vê com o que fica melhor, etc).
Também decidi que eu só compraria se eu pudesse de fato usar com minhas roupas normais. Nada super colorido para neve que eu ia usar uma vez a cada três anos.
Aí como comprei essas blusas, risquei da minha lista a blusa de frio que tinha me planejado para comprar.
Ou seja: foi difícil. Eu comprei coisas fora do que precisava e da lista também.
De impulsiva comprei o cheirinho do carro e o porta livros de quando fui no castelo rá-tim-bum. No segundo, fiquei com medo de não poder comprar de outro jeito (não conseguiria mesmo). Mas também não precisava, porém estou me forçando a usar de qualquer jeito haha.
E infelizmente eu percebi que gastei muito com saídas para comer, principalmente porque recebi visitas, saí com amigas, fui passear, enfim. Quando é dessa parte de sair, normalmente eu não controlo porque gasto pouco, ou seja, acabei gastando muito. E eu percebi que tenho dificuldade em falar não pras pessoas, principalmente quando eu não vejo essas pessoas a muito tempo.
Ai também veio outro gasto alto: renovar carteira de motorista. Esse era um gasto completamente não planejado pois: achava que faltavam anos pra vencer haha. Se não tivessem mandado carta eu ia ficar ANOS dirigindo com a habilitação vencida. Mas renovei e menos 150 reais no meu bolso. Ouch.
No fim das contas, não posso falar que eu fui super bem sucedida, mas também não posso falar que eu falhei totalmente. Comprei zero livros esse mês e pra ser sincera, já não fico a louca das lojas online e chorando que quero comprar tudo.
Sinto que a alguns meses atrás eu daria ombros, falaria "at least i tried" e me recompensaria gastando todo o salário em livros e coisas que não preciso. Mas eu fiquei contente com esse mês, porque apesar de falhar, eu aprendi muito sobre mim mesma e quero muito ser bem sucedida no mês de junho. Então vamos continuar.
Postar um comentário