21.8.18

Séries

Eu adoro ver posts alheios sobre séries e filmes porque eu adoro pegar indicações novas e maratonar séries (muito milenial) e depois ficar completamente obcecada com elas. As minhas indicações aqui não são nada de muito novo, mas tem meu selo de aprovação.



01. The 100 | 5 temporadas

Já falei sobre essa série aqui antes, mas ela continua sendo uma das minhas preferidas da vida. No momento estamos na quinta temporada então não tenho como falar sobre o que ocorre sem dar spoilers.
A série se passa no futuro, onde depois de uma guerra nuclear, os seres humanos sobreviventes moram na Arca - uma estação espacial. Quando uma falha é descoberta, 100 jovens criminosos são enviados para a terra na esperança que ela seja habitável. Porém quando eles chegam lá, descobrem que algumas pessoas sobreviveram e não estão afim de dividir o espaço.
Essa não é uma série promissora nos primeiros episódios. Eu vi os primeiros três episódios umas quatro vezes antes de prosseguir com a série. Era muito adolescente cheio de clichês. Mas depois fica muito melhor e depois de um tempo você percebe que o tom da série fica muito mais sombrio. As pessoas precisam tomar decisões horríveis em nome da sobrevivência. E a série fica tão diferente no decorrer das temporadas que é bom não procurar nada para não tomar spoilers.


02. Good girls | 1 temporada

Comecei a ver essa série durante a viagem nos trajetos e durante meu vôo do inferno de 13 horas com crianças chorando o vôo inteiro.
Ela fala sobre três donas de casa que acabam assaltando um mercado por dificuldades financeiras. Porém o dinheiro que elas roubam acaba trazendo um monte de consequências que elas não previram.
Essa série é muito engraçada. É um humor peculiar, mas eu adorei. Acabei maratonando ela no vôo inteiro e deixou ele quase tolerável.
Ela é bem simples e possui uma vibe um pouco Breaking Bad, mas com toques de comedia. 


03. The good place | 2 temporadas
Acho que quase todo mundo conhece essa série hoje em dia, mas não tinha como não recomendar.
A Eleanor acorda no Lugar Bom, porque ela morreu, mas durante a vida foi uma pessoa muito boa, lutou por causas humanitárias, ajudou todos na sua vida. Agora, depois de morta, ela merece descansar num lugar Bom.
Exceto que ela era uma pessoa horrível. Ela foi mandada para o lugar bom por engano. Ai ela precisa aprender a se tornar uma pessoa decente. Viciei umas 3 pessoas nessa série e o final da primeira temporada é muito legal. Não procure nada sobre ela para não tomar spoiler.


04. Brooklyn 99 | 5 temporadas
Eu vi alguns episódios dessa série e achei muito boba. Ai quando teve todo o bafafá sobre o cancelamento (e salvamento) dessa série, pensei que seria legal ver. 
Ela não tem muito uma história, vai seguindo a vida do Jake Peralta, um detetive de Nova York, na delegacia 99 do Brooklyn. Jake é super infantil e o humor dele não é pra todo mundo, mas os outros personagens ajudam a compensar. Rosa Diaz é aquela mulher fodona (e a atriz dela tem uma voz muito diferente!), a Amy Santiago é super capaz, uma Hermione policial, o Terry é um policial forte e grandão, mas muito fofo e simpático (e ama iogurte).
A série tem problemas com algumas piadas, mas está sempre tentando melhorar. É cheia de representação (personagens latinos, negros, gays, bissexuais) e aborda alguns temas (como violência policial contra negros) de uma forma mais leve. Não me arrependi de continuar a ver.

17.8.18

Skincare Dia




Acho que nesses últimos tempos tem muita gente falando sobre cuidados com a pele. Comecei a me importar um pouco mais com isso no ano passado, quando eu tive uma alergia louca que só era controlada com o uso constante de alguns remédios e hidratantes.

Depois disso, eu comecei a buscar uma rotina de cuidados para seguir todos os dias, de manhã e de noite. Primeiro de tudo: eu não busco uma pele perfeita. Acho que todos esses cremes, séruns e outras coisas que eu passo, são, acima de tudo, um tempinho que eu acho no meu dia a dia para cuidar de mim mesma.

É muito fácil para a gente esquecer de nos olhar no espelho. Quando comecei a terapia no começo do ano passado, eu percebi que minha auto estima estava tão ruim que eu evitava ao máximo me olhar. Eu tomava banho rapidamente, me vestia e voltava para o meu canto.

Esses cuidados podem ser vistos como fúteis ou desnecessários para alguns, mas me ajudaram muito a recuperar um pouco do amor próprio - de realmente olhar para mim e ver o que eu precisava. Além disso cuidar da pele é sempre bom e me deixa com sensação de que estou fazendo algo por mim mesma.

De manhã eu tento ter o menos possível de coisas para passar, primeiro porque não tenho muito tempo para ficar me arrumando e também porque eu sinto que se eu coloco muita coisa, minha pele fica com aquela aparência pesada de um milhão de produtos. Eu raramente passo maquiagem, apesar de estar começando a mudar isso.

Meus seis passos de manhã:


1. Effaclar Concentrado - La Roche Posay

Primeiro de tudo eu limpo a pele. Como eu passo bastante coisas de noite, eu limpo com sabonete e com uma espojinha de silicone (que é uma nova aquisição). Esse sabonete da La Roche foi bastante mostrado pelas influencers por ai e eu ganhei um pequeno quando comprei o protetor solar. Acabei gostando bastante e comprei um grande.

2. Tônico de Calêndula - Kiehl's 

Depois de limpar, eu tonifico. Para ser sincera, é uma coisa bem nova para mim. Quase todos os tônicos que eu tentei usar antes tinham álcool e irritavam minha pele, então eu acabava não usando até o final. Quando estava viajando e entrei na Kiehl's para comprar um outro produto, a moça me mostrou esse tônico de calêndula que ajuda peles oleosas e não tem álcool nenhum. Acabei incorporando já na viagem e gostei bastante. Acho que o único ponto negativo da Kiehl's é que os produtos deles estão sempre esgotados no site.



3. Essência de Tratamento de Extrato de Iris - Kiehl's

O próximo passo também é novo, mas já um dos preferidos: a Essência de tratamento. Nada mais é que uma água hidratante com algumas outras propriedades. Esse foi um dos produtos que logo na primeira semana já fez uma diferença enorme na minha pele. O bom é que, apesar de caro, eu uso algumas gotas por dia e apesar de já estar usando quase a um mês, ele ainda nem parece que foi usado.

4. Mineral 89 - Vichy

Depois eu passo o sérum de hidratação. Minha pele é mista, mas se eu não hidratar bem, ela começa a descascar e dar aquelas alergias. Esse sérum da Vichy também está bem famoso e eu comprei na Black Friday, em uma farmácia qualquer pela internet porque estava pela metade do preço. Aproveitei para re-estocar na viagem. Eu acho que ele hidrata as camadas mais profundas, é aquela hidratação que a gente só vê com uso continuo. Tem gente que usa só ele como hidratante, mas gosto de passar um creme depois pois sinto que só ele não dá conta.



5. Hidratante de Romã - Korres

Aí eu passo o creme hidratante. Eu evitei passar dois hidratantes porque sentia que era perda de tempo e produtos, mas minha pele melhorou muito depois que eu passei a usar o sérum e o creme ao invés de um só. Se você sente que sua pele está meio méh e desidratada, talvez valha a pena tentar. Esse da Korres é um pouco caro, mas é bem levinho e ótimo para quem tem pele oleosa.

6. Protetor Solar - La Roche Posay

E no final: protetor solar. Sempre usei esse da La Roche por indicação da dermatologista, mas estou pensando em trocar porque senti que ele esta esfarela um pouco ao longo do dia. Alguém tem uma indicação?



É bem engraçado escrever tudo isso, porque parece que demora meia hora, mas a verdade é que eu demoro menos de cinco minutos fazendo tudo isso. Acho que realmente mudei minhas manhãs com essa rotina. Minha pele melhorou muito depois disso.

6.8.18

Veneza

Esse ano eu fui para a Itália a convite do meu tio. Ele precisava de ajuda com algumas coisas por lá e nos convidou para ficar algumas semanas. Como só iamos ajudá-lo por uma semana, resolvi passear por ai com o tempo que tínhamos.

Veneza foi nossa primeira parada. Chegamos de trem e fomos para o B&B (o que acabou sendo complicado porque se guiar na cidade num primeiro momento é bem difícil), deixamos as mochilas, tomamos um café quentinho e fomos passear.





Ficamos apenas um dia e meio, o que eu achava que ia ser o suficiente, mas é óbvio que não deu para ver quase nada. A cidade é bem cheia, principalmente nos caminhos principais que levam até a ponte Rialto e à Praça São Marco. A melhor maneira de se localizar dentro da cidade é seguir essas placas que aparecem de vez em quando. Funciona melhor que Maps.



As "ruas" são desiguais: algumas são super estreitas, acabam ficando quase impossíveis de se andar por conta dos turistas, outras são super largas e vazias.Os canais são sempre presentes, a cada pouco aparece uma nova ponte para atravessar.

Quando se chega na praça São Marcos, quase dá para respirar (se não fosse pela multidão). É um espaço enorme, o centro de onde foi um dos maiores governos de toda a Europa. Uma curiosidade: O famoso Leão de Veneza pode ser visto por toda parte norte da Itália. Todas as cidades que foram dominadas por Veneza foram obrigadas a colocar estátuas no centro. Se o leão aparece com um livro embaixo da pata, é porque a dominação foi pacifica. Se tiver uma espada, é porque teve que se usar força.





O Duomo é lindo por fora, são tantos detalhes que dá para passar um dia inteiro observando. A fila para entrar, porém, era desanimadora. Estava quase chegando no mar. Decidimos voltar cedo no dia seguinte.

Acabamos nem andando muito por lá durante o primeiro dia, já era quase hora do almoço e qualquer lugar ali perto ia ser muito mais caro. Fomos andando até acharmos algum lugar um pouco mais barato, em direção a "Academia". Para ser sincera eu nem sabia direito para onde ir, apenas seguimos caminhando.







Depois de comer um lanche (e cobiçar a mussarela de búfala do vizinho), seguimos andando. Entramos em uma exposição interativa do Leonardo da Vinci bem bacana (inclusive ela existiu por todas as cidades onde passamos).

Então chegamos a uma parte bem menos movimentada perto da Universidade. Lá tudo era bem mais barato e vazio, com mais locais caminhando, tomando café e sorvete. Fiquei imaginando como deve ser morar numa cidade como Veneza, onde tem turistas de todos os cantos transbordando e você tentando apenas chegar no seu trabalho.

Inclusive quão estranho deve ser ter que pegar barcos para ir para qualquer lugar. Até mesmo o coletivo é um barco grandão, com números e rotas.




Depois de descansar um pouco, voltamos para caminhar pela cidade e jantar. Acabamos vendo o show de acrobacias aéreas comemorando o solstício de verão. Foi uma surpresa bem legal.

Continuamos a andar pela "bordinha" da ilha e achamos um lugar muito lindo para ver o pôr do sol. Faltava um pouco de vinho e tudo seria perfeito. Mas não tem muito do que reclamar.



Encontramos uma igreja gigante (nas fotos meu irmão está do lado da porta para comparação). Sério, eu acho que nunca tinha visto uma igreja tão gigante na minha vida.




No dia seguinte acordamos cedo, tomamos café e fomos para a praça são marco. Estava garoando um pouco então conseguimos pegar a praça bem vazia. Deu para caminhar bem mais fácil e entrar no Duomo sem nenhuma fila.





Lá dentro não de pode tirar fotos (apesar de muita gente ignorar as placas), mas é bem bonito. Essas igrejas são tão grandes e tão cheias de riquezas que a gente perde um pouco a noção de proporção.
Cada parte da igreja (tesouros, a tumba de São Marcos e o museu) são pagas separadamente. Para entrar na igreja não se paga nada.Vale a pena entrar no museu, no segundo andar. Muitas peças de artes diferentes, incluindo os cavalos de bronze.

Além disso, dá para ver a praça de cima. A vista é muito bonita.





Antes de ir embora passamos no palácio Ducal. O lugar também é surrealmente grande, era o lar (e a prisão) do Duque. Não que eu fosse ligar de ficar presa lá dentro: o lugar é quase maior que meu bairro.





Quero muito voltar para Veneza (rica, de preferencia) e ficar uma semana pelo menos. É lindo demais, não é fedido, como eu acreditava e é apaixonante. Quem sabe no inverno não tem menos gente?

Dicas: 
1. Perto da Universidade existem bancos e áreas para sentar. É mais vazio que perto da praça e tem algumas áreas maiores. Se você quiser comer lanche/marmita para economizar, procure alguma praça pois lá normalmente tem bancos e você pode comer sem ser incomodado.
2. Se quiser ver bem a praça, é bom chegar cedo. Fui um dia as 8:00 da manhã e estava vazio. Quando voltei as 10:00 já não dava para andar.
3. Pessoalmente não acho que vale a pena pegar o ticket do barco porque além da caro (7 uniões européias) é muito legal conhecer a cidade andando.
4. Google maps não funciona direito porque as ruas são muito estreitas. Você vai acabar se perdendo uma hora ou outra. Você pode tentar se guiar pelas plaquinhas (tem bastante da Praça São Marcos, Ponte Rialto e Ferrovia). 
5. Evite restaurantes perto dos pontos turísticos, eles são muito mais caros. Novamente: perto da universidade é mais barato.
6. Um ponto bem legal para ver o por do sol fica aqui e você pode sentar, tomar um sorvete e depois caminhar pela cidade de noite: é linda.

3.8.18

keep marching on

(ou: sobre saber das suas próprias limitações)

Alguns meses atrás eu ia escrever como esse ano estava sendo difícil. Minha cachorra adoeceu (muito), tivemos que ficar cuidando dela e dando comida na boca, carregando de um lado para o outro com visitas quase diárias à veterinária. Minha cachorra cresceu comigo - ficou comigo por mais da metade da minha vida. Foi muito difícil dizer adeus. Foi muito difícil levá-la aquela ultima vez, quando já sabíamos que não ia ser possível voltar com ela.

No meio disso tudo, um tio meu bem próximo estava em sua casa uma noite, disse "que dor de cabeça" e puff, caiu no chão. Depois de duas semanas em coma no hospital disseram que havia morte cerebral.

Isso são coisas da vida - são difíceis. Eu fiz uma das melhores viagens da minha vida, conheci lugares incríveis.

E um dia depois que voltei recebi a noticia que minha mãe tem câncer. Incurável. A médica tem esperança que é possível reverter a ponto de conviver e levar uma vida normal. Mas não tem cura.

Parece que desde o ano passado eu estou vivendo em "desventuras em série", mas sem um vilão mascarado querendo minha fortuna, só a parte das desgraças mesmo.

E mesmo com tudo isso, eu estou bem. Minha terapeuta disse que eu estou me mantendo ativa - cuidando da casa, fazendo comida, trabalhando, lendo - isso é mais importante porque eu me mantenho ocupada. E assim eu não tenho tempo de cair.

É claro que eu caio. Um dia ou outro eu não consigo dormir pensando em como as coisas estão. E eu choro muito. Eu quero chorar agora mesmo escrevendo essa linha. Mas não é sempre que a gente pode chorar.

Eu tinha decidido, apesar de tudo, fazer o BEDA esse ano. Eu fiz uma programação com todos os posts, planejamento, fotos que eu precisava tirar, coisas que eu precisava editar. Quase uma blogueira profissional. Eu cheguei até a programas posts.

Ai no dia 30 de Julho, precisei levar minha mãe no médico. Passamos o dia inteiro lá e eu cheguei exausta. Na minha visita para a terapeuta, disse que eu não estava conseguindo realizar meus projetos. E ela me disse que eu precisava conhecer minhas limitações e ser mais leve comigo mesma. Essa não era a hora para criar mil coisas porque eu só ia ficar frustrada. Eu não tinha muito tempo livre e o pouco tempo que eu tinha, eu precisava usar como eu precisasse. Se eu quisesse ir dormir, eu precisava escutar o corpo e dormir. Sem me culpar por não ser produtiva, por não estar fazendo nada.

Pensei em quantas vezes na minha vida eu não estava numa época conturbada mas eu sentia que precisava fazer tudo - exercício, ler, ver filmes, ser sociável, ter boas notas, ser ótima no trabalho.

Eu tinha planos enormes para esse ano e nenhum deles vai se realizar. Eu estou ficando bem com isso. Eu consigo viver um dia de cada vez. E quando tudo estabilizar, para o bem ou para o mal, eu vou ter que descobrir como viver com minha realidade. Lembrei dessa frase de We Are The Ants:
“We may not get to choose how we die, but we can chose how we live.
The universe may forget us, but it doesn't matter. Because we are the ants, and we'll keep marching on.”
E isso é para lembrar para mim mesma que tudo bem não cumprir tudo. Não preciso criar metas imaginárias na minha cabeça e não preciso me sentir mal se não as cumprir.

Isso tudo para dizer: não vai ter BEDA, mas vai ter alguns posts. Quero editar minhas fotos da Itália antes que eu deixe guardado para sempre e elas nunca vejam a luz do dia. Quero falar sobre alguma coisa, qualquer coisa. A vida não parou por conta de tudo - só para quando a gente morre. We'll keep marching on.

25.4.18

Lugares para conhecer em São Paulo

Sempre que eu vou viajar, faço uma lista de lugares que quero conhecer. E quando as pessoas vem para São Paulo eu sempre acho meio "engraçado" que elas façam o mesmo. São Paulo é minha casa. Eu moro aqui fazem 24 anos e é estranho ver como um lugar com coisas diferentes para fazer, um lugar turistico. Porém a cada post que vejo de pessoas falando sobre um lugar em São Paulo que foram, eu penso que quero conhecer também, mas nunca vou.
Quis fazer uma lista de lugares para conhecer esse ano ainda. Vi que a Isa também fez uma lista bem legal que

Jardin: é um café muito amor, que também vende plantas. Vejo sempre no instagram alheio, mas sempre fico com preguiça de ir ao centro nos fins de semana.

Beco do Batman/Vila Madalena: já fui em alguns bares/baladas na vila madalena, mas nunca fui no famoso beco do batman ou passear pelo lado ~boêmio~ da minha cidade.

Mirante da 9 de Julho - Ok, tecnicamente eu já fui nesse, mas eu nunca parei e fiquei sentada comendo/tomando café.

Cinema Rico: porque? Porque sim! Sinto que outros cinemas mais cult são meio que iguais aos cinemas normais. Então queria ir em um que tivesse toda uma estrutura diferentona. Poltrona gigante. Joga agua na minha cara. Pipoca gourmet.

Pinacoteca: só fui quando era mais nova e estava na escola. Eu sempre quero ir quando tem uma exposição, mas ai as filas ficam quilométricas e eu tenho zero paciência para isso.

Zôdio: o paraíso dos DIY que abriu recentemente ali na marginal. Eu sempre evito de ir por motivos de: dirigir na marginal.

Jardim Secreto: a feirinha que eu sempre vejo no meu instagram mas nunca vou.

Casa Jardim Secreto: Mesma coisa. Fica no centro e é super facil de chegar.


Alguém ai tem mais sugestões de lugares que eu deveria conhecer em São Paulo? Alguém que é daqui quer ir comigo (sério!)? Alguém que não é daqui vai visitar e quer bater um papo tomando um café (sério, novamente!)? Chega mais!

19.4.18

Pale blue dot


Olhe novamente para aquele ponto. É aqui. É o nosso lar. Somos nós. Nesse pequeno ponto, todos que você ama, todos que você conhece, todos de quem você já ouviu falar, todos os seres humanos que já existiram, viveram suas vidas. A massa de nossa felicidade e sofrimento, milhares de religiões confiantes, ideologias e doutrinas econômicas, todo caçador e explorador, todo herói e covarde, todo criador e destruidor de civilizações, todo rei e camponês, todo casal jovem apaixonado, toda mãe e pai, criança esperançosa, inventor e explorador, todo professor de moral, todo politico corrupto, todo superstar, todo líder supremo, todo santo e pecador na história da nossa espécia viveu aqui, em um grão de poeira suspenso em um raio de sol.

A Terra é um pequeno palco numa vasta arena cósmica. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, em sua glória e triunfo, eles pudessem se tornar mestres momentâneos de uma fração de um ponto. Pense nas crueldades infinitas visitadas pelos habitantes de um canto desse pixel sobre os habitantes dificilmente distinguíveis de algum outro canto, quão frequente seus desentendimentos, quão ansiosos estão para matar um ao outro, quão fervoroso é o seu ódio.

Nossas posturas, nosso delírio de auto-importância, a ilusão de que temos alguma posição privilegiada no universo, são desafiadas por esse ponto de luz pálida. Nosso planeta é uma mancha solitária na grande escuridão cósmica. Na nossa escuridão, nessa vastidão, não há uma pista que a ajuda virá de outro lugar, para salvarmos de nós mesmos.

A Terra é o único mundo conhecido até agora a abrigar vida. Não há nenhum outro lugar, pelo menos no futuro próximo, onde nossa espécie pode migrar. Visitar, sim. Estabelecer, não ainda. Gostando ou não, por enquanto a Terra é onde estamos.

Alguns dizem que a astronomia é uma experiência de humildade e construção de caráter. Não há uma melhor maneira de demonstrar a loucura dos conceitos humanos do que essa distante imagem do nosso minusculo mundo. Para mim, isso ressalta nossa responsabilidade para sermos mais gentis uns com os outros, preservar e adorar o ponto azul pálido, o único lar que iremos conhecer.

Carl Sagan
-

Novamente tentei dar uma de tradutora, o que não foi fácil. O texto original e a imagem são daqui. As vezes, quando eu quero colocar meus problemas em perspectiva, eu olho essa imagem.

22.2.18

Dicas de como economizar seu dinheiro na vida adulta

Não que eu seja uma especialista no assunto de dinheiro, economias e corretoras, mas sou uma especialista em pão-dureza, o que me faz sempre pensar em maneiras de economizar meu dinheiro suado. Isso não significa que eu não gaste meu dinheiro com besteiras.


1) Taxa de banco

Essa daí me pegou por anos. Quando eu abri minha conta eu não sabia que não existia possibilidade de não pagar taxa. Depois meu banco extinguiu a conta digital e eu não consegui mudar. Depois eu descobri que existe uma modalidade chamada de "Conta Essencial". Ela é uma conta obrigatória de todos os bancos, por lei e dá direito a um cartão de débito, algumas transações e folhas de cheque por mês. É uma ótima escolha se você não faz muitos saques ou não vai tanto no banco físico. Consegui fazer pelo atendimento online do Itau.
Depois de mudar para essa conta, eu abri uma no banco Inter. Ele é um banco novo e tem uma modalidade de conta 100% digital sem nenhuma taxa, nem para DOC/TED. Para transferir dinheiro para ele eu também não pago: é só eu gerar um boleto e realizar o pagamento pela minha conta normal e o dinheiro cai direto lá.
Economia: 330,60 por ano.

2) Anuidade cartão de crédito

Outra taxa que eu sempre pagava porque não existiam alterativas era a anuidade no cartão. Depois que o nubank surgiu, várias concorrentes também fizeram um cartão sem anuidades. Pedi meu nubank e demorei um pouco para ser aceita, mas depois cancelei meu cartão normal (já que me informaram que não poderiam zerar minha anuidade) e desde então não pago taxa. Ainda estou em busca de um cartão sem taxas que tenha um bom programa de pontos, mas por enquanto não achei.
Economia: 151,20 por ano.

3) Seguros que você fez sem saber

Acho que seguros são importantes. É aquela coisa que você paga esperando não usar. Só que em alguns casos você faz um seguro aqui, outro ali, assina e nem percebe. O valor é baixo e você pensa "ah, nem vou cancelar". Depois você passa anos pagando e pensa que aquele dinheiro poderia ser usado em outros lugares. No meu caso, foi um seguro de vida que me convenceram que eu precisava. Veja bem, se você tem dependentes ou não tem com quem contar em caso de alguma coisa, pode ser uma boa. No meu caso: sem filhos, morando com os pais, com dinheiro guardado para imprevistos. Cancelar foi mais fácil do que achei, pedi pelo chat online, me mandaram um documento que assinei e escaneei e pronto.
Economia: 343,68 por mês.

4) Taxas de DOC/TED

Hoje em dia com tantos bancos cada um tem conta em um lugar. Se você faz investimentos então, pode ter uma conta para cada corretora. No meu banco, o DOC/TED era cobrado no valor de 9,75 cada um. Eu sempre fazia 2 por mês, um para cada corretora onde eu invisto. Ou seja, eram quase vinte reais que eu não usava para nada todos os meses. Com minha conta digital eu faço essas operações não gastando nada.
Economia: 234 por ano.

BONUS

5) Ficar de olho em planos de operadora

Esse dinheiro não era bem meu, já que meus pais que assinam TV. Um dia entrei no site e descobri que o plano que tínhamos já não existia mais e o mesmo plano, custava QUARENTA reais mais barato. Liguei questionando e me disseram que nosso plano não foi atualizado e precisávamos ter pedido antes. Pedi na mesma hora. Dá para fazer a mesma coisa com o celular e telefone. Tente também pedir um desconto. Diga que vai cancelar o serviço, que gosta muito, mas não pode pagar. Seja simpático. O que você tem a perder?
Economia: 480 por ano.

Fazendo a conta, eu economizei 1059,48 por ano com essas mudanças. Dá pouco mais de 85 dinheiros por mês. E olha que eu não tinha muitos gastos supérfluos. Dá um pouco de trabalho? Sim. Vai depender de algumas coisas que não dependem de você (ser aceita no banco, ser aceita pelo cartão, etc)? Sim. Mas com esse dinheiro dá para fazer muita coisa! De 1 em 1 real você economiza muito. Tente sempre pensar em quanto aquilo fica depois de 12 meses e sua cabeça vai mudando!

18.2.18

Lidos: Janeiro (2018)

Era para ter postado isso no começo do mês. Mas as vezes a vida acontece e acaba jogando seus planos pro ar. Não tem nada o que fazer além de pegar tudo que foi derrubado e continuar de alguma forma, mesmo que estejamos atrasados.




#1 | Eleanor Oliphant está muito bem | Gail Honeyman | PT
"As pessoas não gostam desses fatos, mas não posso evitá-los. Se alguém pergunta como você está, deve dizer BEM. Não deve dizer que chorou até dormir na noite passada porque não falava com uma pessoa por dois dias consecutivos. BEM é o que você responde."
A Eleanor é uma mulher diferente, mas está completamente bem com isso, muito obrigado. Ela tem um trabalho ok, no qual não tem nenhum amigo e é alvo de piadas maldosas. Ela volta para casa nos fins de semana e enche a cara com vodka até a segunda, onde volta para o trabalho. Fala com sua mãe uma vez por semana. Tem uma planta que consegue manter viva na maior parte do tempo. Mas ela realmente não liga para nenhuma dessas coisas.
Comecei o livro no ano passado e não levei ele junto comigo de férias. Ele foi super rápido de ler: os capítulos são curtos e a escrita é bem gostosinha. O livro é escrito em primeira pessoa, então conseguimos entrar na cabeça da Eleanor, que não é exatamente normal. Ele é um livro super engraçado, até o ponto que pisa nos seus calos. É aquele tipo de humor depreciativo. Uma hora você está rindo, na outra, chorando.
É um livro honesto sobre uma mulher de 29 anos que não entende como a sociedade funciona direito, aprendendo como é fazer depilação com cera e descobrindo maquiagens. Mas é muito triste ao mesmo tempo ver os colegas dela fazendo piadas, ver a solidão, ela se "apaixonando".
Eu estava esperando um livro bem diferente e fiquei muito feliz com o que li.

#2 | Warcross | Marie Lu | EN 
"Death has a terrible habit of cutting straight through every careful line you've drawn between your present and your future."
Warcross é um jogo de realidade aumentada. Desenvolvido por Hideo Tanaka quando ele tinha 13 anos, junto com óculos, as pessoas conseguem entrar em um mundo virtual que muitas vezes interage com o mundo real. Emika Chen é uma órfã que trabalha como caçadora de recompensas, pegando pessoas na vida real que não são tão importantes para que a polícia se preocupe. Depois de descobrir uma falha no jogo e chamar atenção para si mesma, ela é contratada pelo criador do jogo para ser espiã dentro do jogo.
No geral eu gostei bastante do livro. Acho que a Marie Lu é uma ótima escritora porque ela não cria histórias preto no branco. Ninguém é completamente bom ou completamente ruim. As pessoas fazem as coisas porque acreditam que seus motivos estão certos. Achei que foi interessante ler isso num livro YA.
Só que, ainda assim, a autora não consegue fugir de alguns tropes de YA e o final me deixou meio receosa. Enquanto eu adoro ver pistas do que vai acontecer no final, tem sempre um limite para que isso se torne forçado. Odeio ver que tudo esta ligado e alguns dos meus clichês mais odiados estão no livro.



#3 | Saga: Volume 6 | Brian K. Vaughan | EN 
“...anyone who thinks one book has all the answers hasn't read enough books.”
Esse volume não foi o meu preferido.
Não que tenha sido ruim, mas Saga é uma história tão legal e acho que esse volume acabou um pouco quebrado. Alguns personagens, tipo o The Will e todo o núcleo dele estavam um pouco arrastados. Acho que com o final do ultimo volume eu só queria saber da história da Hazel, de rever os pais, da mãe do Marco... Acabou quebrando um pouco o ritmo. E esse foi um dos poucos que terminou sem um suspense muito grande. Só tenho mais um volume para ler (tem outro lançado, mas só pretendo comprar mais para frente). Fico pensando se essa história tem uma maneira certa de acabar ou se o autor vai ficar criando HQ's meio que para sempre.

#4 | Volta ao Mundo em 80 dias | Jules Verne | PT
"Palavra de honra", ruminou Passepartout, um pouco espantado no início, "conheci no Mme. Tussaud bonecos tão cheios de vida como o meu novo patrão!"
Vou ser sincera que não tinha ideia do que esperar ao ler esse livro. Eu não imaginava como ia ser a narrativa, quem iam ser os personagens, enfim, não tinha ideia. Mas a surpresa foi bem legal.
O protagonista, Phileas Fogg, é um senhor inglês muito tradicional. Tem uma maneira correta para cada coisa e a vida é feita de horários. Ele demite seu ajudante atual porque ele levou sua água de barbear numa temperatura de um grau abaixo do que ele gostaria e isso foi inaceitável. Seu novo ajudante, um francês que já viu muito da vida, quer apenas paz e sossego, e seu novo empregado vai trazer exatamente isso.
Até que, no mesmo dia desta contratação, o sr. Fogg vai ao clube e faz uma aposta de que consegue atravessar o mundo em 80 dias. Chega em casa e apressa o novo empregado para saírem na mesma noite já que a fortuna dele está em jogo. Eles passam por vários lugares, da França ao Egito, Índia e Japão.
E o livro inclui relatos e detalhes bem interessantes sobre esses lugares. A vontade que dá é de colocar tudo dentro de uma mala e viajar.
Fora que achei esse livro muito engraçado. O escritor tem uma maneira de colocar as coisas, como a situação acima, onde o empregado buscando sossego é levado as pressas para uma viagem voltando ao mundo, que é de um humor meio peculiar, mas eu adorei. O livro todo vai nessa onda de humor e eu achei que a leitura foi muito legal e bem diferente do que eu esperava. Da metade para o final eu não conseguia largar, querendo saber se o protagonista conseguiria chegar a tempo e a cada contratempo que aparecia eu sofria.
Interessada em ler outros livros do autor. Aliás descobri que ele tem uma "série" de Viagens Extraordinárias, que inclui outros livros como Viagem ao Centro da Terra, 20 mil léguas submarinas.



#5 | Card Captor Sakura Vol.1 | CLAMP | PT
Sempre quis ler Sakura - um dos meus desenhos (porque quando eu era criança falávamos desenhos e não animes) preferidos. Aliás, uma vez resolvi que eu queria ter o cabelo da Sakura. O resultado foi no mínimo, desastroso (agradeço que não existiam smartphones e câmeras digitais naquela época).
O primeiro volume sempre estava num preço absurdo, por estar esgotado em todos os lugares. Por alguma mágica, relançaram, mas apenas os 12 volumes juntos.
O primeiro volume é bem básico mesmo, as primeiras histórias, a introdução de alguns personagens (incluindo Yukito, meu amor de infância), algumas cartas Clown. Para ser sincera eu mal me lembro como a história termina, mas quero ler tudo o quanto antes.

#6 | Harry Potter and The Chamber of SecretsJ. K. Rowling | EN
It is our choices, Harry, that show what we truly are, far more than our abilities.
Não tem muito o que dizer de Harry Potter né? Sempre que a vida fica dificil eu tiro meus livros da estante. Sempre me lembro de uma época melhor da minha vida quando leio os livros. Aliás quero rever o filme também. Esse é meu volume menos-preferido dos sete. Mas também foi onde comecei minha teoria que se a Hermione fosse a escolhida ela resolveria tudo em 4 livros.



#7 | Retorno a Brideshead | Evelyn Waugh | PT
"Quando as pessoas odeiam com toda essa energia, é algo nelas mesmas que elas odeiam."
Eu assinei a TAG - um clube do livro mensal, por assim dizer, depois da indicação da Chimamanda. Era para ter cancelado no mês seguinte, mas acabei esquecendo e chegou o mais ou menos - Três Marias - da Raquel de Queiroz. Depois o de Dezembro era um dos favoritos do Gabriel Garcia Marques e acabei não cancelando, mas não consegui ler ainda. Queria muito ter a experiencia completa, de poder comentar sobre o livro com outras pessoas no mês certo e decidi que leria o de Janeiro assim que chegasse.
Primeiro: a edição é linda. Eu adoro julgar livros pela capa, mas não tem um pedaço do livro que não chame a atenção. O único ponto fraco é a tradução, que me parece meio antiga, como se tivesse sido feita nos anos 50-60, cheias de expressões que não se usa mais. E a quantidade de notas de rodapé. Acabou me distraindo um pouco. Mas fora isso, adorei o livro.
A história segue Charles Ryder, um soldado do exército na segunda guerra mundial. Um dia, quando seu pelotão está mudando de lugar, ele chega a um lugar que já foi muito importante para ele: a mansão Brideshaw. A partir dai ele relembra seus anos de juventude e tudo que se passou naquele lugar.
Achei que foi um livro incrível. Não vai ser um livro para todos, mas para mim, as descrições e a escrita do autor foram fantásticas. Faziam sentir como se estivesse no ambiente. E a história é lenta, mas me parece que está mais "por trás" do que nas páginas.. Como por exemplo o (suposto?) relacionamento entre Charles e Sebastian. Só depois de ler um comentário perguntando se eles eram gays, eu comecei a reparar em algumas coisas (como por exemplo Charles estar presente enquanto Sebastian toma banho ou os dois tomando sol pelados juntos. Ok, fui meio tapada?). De qualquer maneira, nada é explicito.
O Sebastian foi um dos meus personagens preferidos. A decadência dele é sutil e acaba desencadeando diversos eventos que também vão destruindo sua família. O Charles é apaixonado por eles: pelo estilo de vida, pelo dinheiro, pelo lugar.


13.1.18

Don't wake me, I'm not dreaming

SOBRE 2017

2017 foi um ano de crescimento absurdo para mim. Isso pode ser uma coisa boa ou ruim. Comecei 2017 recém saída da faculdade (no qual o diploma eu AINDA não recebi, mas essa reclamação fica para outra hora), de branco (com a mesma blusa com que eu escrevo esse post, não que isso faça alguma diferença) e na casa de uma amiga.

Talvez eu possa dizer que 2017 tenha sido o pior ano da minha vida. Perdi pessoas queridas, tive que ser muito forte por muitas pessoas, tive que amadurecer na força.

Se amadurecimento fosse uma piscina, eu teria sido aquela pessoa que está com as perninhas na água e de repente aparece um babaca que te empurra para dentro com tudo. Eu caí lá dentro, engoli um pouco de água e por um segundo achei que ia me afogar. Mas no final cheguei na superfície e consegui respirar. Essa repetição de afoga-respira-tenta nadar para fora foi mais ou menos o meu ano. Bem legal, não?

Teve muitos dias onde eu não queria mais viver. Isso é dramático demais. Talvez seja melhor: teve muitos dias onde eu só queria chorar e possivelmente morrer. Teve muitos dias onde ser forte pelos outros foi a única coisa que me fazia levantar da cama. Teve dias onde eu bebi muito e vomitei e chorei no meio das festas (linda a imagem, eu sei). Teve dias onde eu dirigi enquanto eu me debulhava em lágrimas. Teve dias em que precisei encostar o carro para chorar. Teve dias onde eu passei deitada na cama, lendo ou vendo alguma série, porque a vida era demais para mim.

Eu queria poder dizer que era tudo um plano para que eu aprendesse algumas coisas - eu aprendi, mas não acho que o Universo (com letra maiúscula) se importe muito comigo a ponto de me ensinar lições. Aliás essa foi a lição mais importante que eu aprendi: as coisas acontecem. Não tem nada haver com lições do universo como num livro, com crescimento e desenvolvimento de personagens. As coisas simplesmente vão acontecer, quer você esteja preparada para lidar com elas ou não.

Você pode chorar, espernear, mas isso não muda o fato de que as coisas acontecem porque vão acontecer. Você pode tentar tirar alguma coisa daquilo (sempre tento, afinal se a situação já foi 100% merda é bom tentar ser Poliana Safadão e transformar pelo menos 1% em algo bom) ou não.

Então algumas coisas que eu aprendi depois de refletir sobre esse ano:

Fazer terapia foi a melhor coisa que eu fiz esse ano, foi uma das coisas que mais me ajudou a aguentar esse ano. Cuidar de si mesmo não é algo errado e egoísta. Agradeço às pessoas que me ajudaram nessa decisão e agradeço também a Isa, que compartilhou esse post e me ajudou muito! Acho que nunca agradeci a ela por isso.

Cuidar do seu corpo e da sua aparência é muito importante. Não é algo que eu fazia com frequência e algo que eu abandonei no começo do ano passado, mas estou voltando a cuidar de mim mesma e me amar mais. Também: cuidar bem do corpo com exercícios e comida de verdade é importante para o seu corpo não te odiar e te sabotar.

Preciso de muito menos coisas do que eu desejo. Apesar de não ter concluído meu buying ban, eu percebi que minha relação com meu dinheiro era no mínimo, complicada. Esse ano quero mudar muito minha relação com o dinheiro.



12 LIVROS PARA 2018



Resolvi fazer essa lista mais como uma guia. São uma mistura de livros que eu queria muito ler mas acabei abandonando, que sempre postergo a leitura por saber que o livro trata de assuntos pesados, livros que estou muito curiosa. Enfim, uma pequena lista de livros para ler nesse ano:

1. O Xará - Jhumpa Lahiri
2. Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski
3. Toda Luz que Não podemos ver - Anthony Doerr
4. A História Secreta - Donna Tartt
5. Em Busca de Watership Down - Richard Adams
6. Uma Vida Pequena - Hanya Yanaguihara
7. Mansfield Park - Jane Austen
8. O Corcunda de Notre Dame - Victor Hugo
9.  O Mestre e Margarida - Mikhail Bulgarov
10. Volta ao mundo em 80 dias - Jules Verne
11. Mrs. Dalloway - Virginia Woolf
12. A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert - Joel Dicker

Fora isso não tenho muitas metas para as leituras. Quero me manter no meu limite, sem comprar mil livros sem necessidade. Queria muito diminuir os livros que eu tenho sem ler e terminar algumas séries. Quero continuar meu projeto de ler livros do mundo inteiro. Mas não quero colocar um número (apesar de acabar de ter feito isso agora mesmo). Ano passado li muitos livros que me fizeram refletir bastante, querer sair por ai conversando sobre os livros e teorias e o que significava a tal da cortina azul. Quero ler mais livros assim esse ano.

OUTRAS METAS


Minhas outras metas incluem:

- Investir dinheiro todos os meses (e ficar RICA)
- Fazer mais exercícios (3 vezes na semana, pelo menos)
- Comer mais saudável (descobri que meu corpo não me odeia quando eu não trato ele mal e encho de porcarias)
- Escrever mais (diários, contos, aqui no blog, nas paredes (mentira))
- Diminuir lixo produzido e o consumo
- Diminuir o consumo de carne
- Meditar todos os dias
- Tirar o dente do siso (metas da vida real gente)
- Aprender a costurar
- Aprender a andar de bicicleta
- Postar mais aqui. Sempre fico querendo postar um monte de coisa, mas ai não tenho fotos legais ou acho que não vai combinar com o blog. No fim isso aqui é meu, vou escrever mais. (alguém disse participar do beda? sai correndo)


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E também: layout novo! Eu troco layout a cada mês, eu sei, mas nunca fico muito contente com os layouts - já perdi a prática da coisa. Ai que fuçando pela internet, achei o blog da Gabi e no finalzinho do ano ela postou um template para blogger freebie MUITO legal. É claro que eu modifiquei um monte de coisa (gosto mais de ver os posts inteiros). Se ficou meio cagado é 100% minha culpa, porque o layout original era perfeito.

Dessa vez eu tentei deixar tudo como eu queria e acho que deu certo. Outra meta: não trocar de layout esse ano pode ser????

11.1.18

Lidos: Dezembro (2017)

Meu objetivo era postar isso logo no final de Dezembro, mas as férias e o cansaço venceram, acabei deixando para o começo desse ano. Li quatro livros no mês - uma HQ muito boa e o melhor livro da minha vida.



#74 | Y: O Ultimo Homem Volume 4Brian K. Vaughan | PT
   A cada volume que eu leio dessa HQ eu penso em como ela não pode ficar melhor e em como ela sempre fica. Esse volume focou muito mais nas companheiras do Yorick, o que me fez muito feliz. Descobrimos coisas do passado das duas. A agente 355 se abre sobre sua familia e o que a levou a se tornar uma agente numa agencia secreta. A Dra. Mann também ganha a história familiar e descobrimos mais sobre aquele experimento que ela comentou nas edições anteriores.
   Estou meio triste que este o próximo é o ultimo volume. Quando pegar a próxima, vou reler tudo!




#75 | The Fifth SeasonN.K. Jemisin | EN
“For all those that have to fight for the respect that everyone else is given without question.”
   O mundo vai acabar. Três coisas acontecem: uma mulher tem seu filho brutalmente assassinado pelo marido, a maior cidade do império é destruída e uma fenda se abre por todo o continente, jogando cinzas que escurecem o céu por anos.
   A mulher, Essun, é uma Orogene, um tipo de pessoa que pode utilizar poderes da terra, "puxando" a energia de coisas vivas para utilizar poderes. Também seguimos outros dois pontos de vista: Syenite, uma orogene que está no Fulcrum, a organização que estas pessoas tem para serem mantidas na linha e precisa fazer algo bem desagradável. E Dayama, uma menina de pais "normais" que descobre ser Orogene em um ataque de raiva e é levada por um dos guardiões.
   Esse livro é bem difícil no começo. Essas informações que eu falei ai encima são espalhadas pelas primeiras 100 páginas. A autora te joga no meio da história e além de entender o que está acontecendo, você precisa entender também o mundo e as protagonistas dos livros e seus passados. E isso é bem complicado. Não me surpreendo se muita gente desistir desse livro antes de chegar nas 150 páginas, quando você já está meio que habituado a tudo e consegue seguir a história.
   A autora aborda preconceitos - os Orogenes são perseguidos e controlados, religião - os sacerdotes carregam escrituras sagradas que falam sobre como as pessoas tem que viver e porque os orogenes são maus, um castigo do Pai Terra, sexualidade, abuso e muitas outras coisas. Definitivamente não acho que é um livro YA. Acho que é um paralelo nada sutil com a escravidão, principalmente nos estados unidos. Os próprios Orogenes são chamados (ou xingados) de rogga, que me pareceu muito a palavra nigga (do inglês é uma expressão preconceituosa com negros).
   Me apeguei bastante a Syenite. Acho que ela é a personagem que mais aparece e tem um ponto de vista "normal" na terceira pessoa. Isso porque a Essun, que está traumatizada depois de perder o filho, tem um ponto de vista um pouco diferente - escrito na terceira pessoa, na forma de "você", porém misturado com a primeira pessoa. Isso acabou afastando um pouco a minha leitura dela e foi bem complicado, mas creio ser bem proposital para mostrar a confusão mental da mulher. Aliás depois de um tempo dá para perceber que as narrativas não estão no mesmo período e quando elas se juntam você fica de cara no chão (ou eu fiquei pelo menos!).
   Aqui temos representação: quase todos os personagens são negros e temos diversas orientações sexuais. Nós temos diversas formas de amor. E a hora que todas as histórias se encaixam são demais! Fiz a cara do Andy de Parks and Recs no final.

#76 | O Assassinato de Roger AckroydAgatha Christie | PT
“The truth, however ugly in itself, is always curious and beautiful to seekers after it.”
    Quis ler um pouco de Agatha Christie e sempre que eu buscava por melhores livros apareciam os mais famosos: O Assassinato no Expresso do Oriente e E Não Sobrou Nenhum. Esse terceiro livro sempre estava acompanhando os outros dois em qualquer lista que eu peguei. Então, aproveitando minhas férias de final de ano, resolvi pegar para ler (nada melhor que um livro de mistério para te acompanhar na praia).
   Para minha surpresa, acertei o/a assassino/a! Acho que minha paranoia é tão grande que quando os autores descrevem qualquer coisa eu já fico pensando se isso é relevante para a história. O mais engraçado é que isso não funciona quando o assassino é muito óbvio - eu sempre penso que é óbvio demais e acabo criando explicações na minha cabeça cuja probabilidade é minima.
   Sobre o livro: merece sua posição nas listas.


#77 | Cem Anos de SolidãoGabriel Garcia Marquez | PT
Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo.
   Ai entramos no melhor livro que eu li na minha vida. Para ser sincera, minha maior vontade depois de fechar o livro quando eu terminei foi reabrir na primeira página e ler tudo novamente. Só não o fiz porque eu queria ter uma caderno e uma caneta, anotar coisas nas bordas e marcar passagens. A verdade é que esse livro é incrível. Merece cada premio que recebeu, cada resenha positiva, cada palavra escrita sobre ele.
   Acompanhamos não um só personagem principal, mas toda a estirpe da família Buendia, desde a chegada de seus primeiros membros em Macondo até a decadência e fim deles. Esse é o livro que "fundou" o gênero de realismo mágico, denominação que o próprio autor não gostava muito. Segundo ele, não tinha nada mágico sobre essa história: era apenas a maneira como algumas pessoas viviam a realidade.
   Esse livro me fez refletir muito como ser latino americano influenciou na minha experiencia de leitura. E isso, de cada um interpretar a realidade de uma maneira diferente é a mais pura verdade. Meu pai é argentino e quando estávamos voltando da viagem de fim de ano, ele nos contou como há um lugar perto de onde ele nasceu, um deserto, onde há um santuário para uma mulher que, segundo as lendas, morreu atravessando o deserto enquanto estava com um bebê, mas ela conseguiu alimentar seu filho com leite mesmo depois de morta e ele sobreviveu. E que as pessoas sempre levam coisas para esse santuário, mas que se roubam as oferendas, algo dá errado e a pessoa não consegue ir embora. Então quando os ônibus estão saindo e não conseguem dar partida, os motoristas dizem que não vão sair até devolverem o que roubaram. Talvez algumas pessoas achem isso uma fantasia - poderia ser - mas para o povo de lá isso é a realidade normal de todos os dias.
   Só sei que quero ler tudo que esse homem escreveu e ler muitas coisas de realismo mágico.

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